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Parasita

  • Foto do escritor: Marcela Rolim
    Marcela Rolim
  • 2 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de mai. de 2020

Por que você não pode deixar de ver?


Parasita é um filme sul-coreano, dirigido por Bong Joon-ho, e foi o grande vencedor do Oscar 2020, premiado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro.


Você que começou a ler este post, e que ainda não viu esse filmaço, deve estar se perguntando se em meu texto terão spoilers. Não pretendo estragar a surpresa, até porque eu não conseguiria! Mesmo se aqui eu deixasse transparecer alguma cena da trama, vocês se surpreenderiam ao ver o filme. É chocante!


O filme apresenta, logo no início, o retrato crítico da realidade sul-coreana, chamando atenção para as desigualdades socioeconômicas existentes no país, fazendo um contraponto entre a família de extrema pobreza (os Kim), que representa uma população invisibilizada pela sociedade, e a família rica (os Park), que emite o olhar sobre o outro de desprezo, desconsideração e até de nojo.


E é sobre a diferença de classes que a trama se desenrola e que nos induz a grandes reflexões sobre o comportamento de luta pela sobrevivência dos Kim. Não que existam justificativas em “parasitar” o outro, mas ficam evidentes, pelo menos para mim, os padrões adoecidos que aqueles jovens reproduzem dos próprios pais, que, por sua vez, já sofrem há mais tempo com o descaso da sociedade e do Estado. O Parasita nos permite ao exercício de não julgar quem usa qualquer subterfúgio nessa luta por sobrevivência.


À primeira vista, os Kim são claramente os vilões da história: uma família manipuladora, parasita, que invade a vida de uma família abastada e ameaça a sua segurança. Mas durante a narrativa podemos perceber o que está por trás desse comportamento. Os universos mentais dos núcleos familiares nos mostram os problemas de cada família, as brechas de fragilidades e os valores distorcidos que o ideal consumista impõe à sociedade. Acredito que de certo modo o filme denuncia o quanto é difícil acompanhar as pressões econômicas de um mundo que anseia, cada vez mais, por posses materiais, vendendo uma pseudo felicidade. E é por acreditar que a felicidade estaria ao lado do mundo da riqueza que a família Kim tenta “subir a escada social” inventando diversos golpes, planos e crimes para atingir uma passageira sensação de bem-estar.


As expressões faciais dos personagens são muito simbólicas e nos permite a uma viagem profunda dos pensamentos e sentimentos de uma família que vive uma vida miserável. Não é com mentiras que conseguimos alcançar méritos. Prova disso é que apesar de todos os planos e os crimes, a família Kim voltou ao ponto de partida e com muito mais dores internas.


O longa-metragem pode transmitir diferentes mensagens para aqueles que assistem, dependendo da sua própria interpretação. Para mim o filme foi capaz de ir além do contraste de classes. O parasita me sinaliza, entre outros, a importância da reflexão de quem somos, como nos colocamos no mundo, quais os nossos valores, o que fazemos para mudar o que não gostamos, tanto em nós quanto em alguma situação vivida, e, principalmente, a importância do não julgamento. Reflexão para mais de metro! E pra você, qual a mensagem que o filme te traz?

1 Comment


Olaniyi
May 03, 2020

The film storyline is very interesting, and I will watch it later. However, from the write-up and my belief, parasitic living belittles human, and, to certain extent, it's a sign of non contentedness life. And to the well-to-do in the society, it's important to look after the less privilege around them, so there could be less crime in the society. Also, It's better to wait, now, for whosoever one will necessarily wait for, if left behind, so as to enjoy uninterrupted journey, together. I would be able to discuss the film more when I watch it, I think. Obrigado!

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